Rio de Janeiro

Loucuras de carnaval: Blocos ligados à rede de saúde mental promovem muito samba no pé – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – prefeitura.rio

O bloco Loucura Suburbana espalha alegria pelas ruas do Engenho de Dentro – Arquivo/Prefeitura do Rio

Os blocos carnavalescos Loucura Suburbana, Império Colonial, Tá Pirando, Pirado, Pirou e Zona Mental voltam a desfilar pelas ruas do Rio neste carnaval. E você sabe o que eles têm em comum, além da alegria e do samba no pé? Todos são formados por usuários, familiares e profissionais da rede de saúde mental da cidade, que aproveitam a maior festa popular brasileira, em toda sua diversidade, para promover a inclusão e o respeito. Com participação de moradores locais e foliões de toda a cidade, os blocos fazem parte do circuito oficial do carnaval carioca. Além de promover a integração com a comunidade, eles dão visibilidade à luta antimanicomial.

O primeiro a desfilar será o Zona Mental, nesta sexta-feira (10/2). A concentração será às 15h, na Praça Guilherme da Silveira, em Bangu, com saída prevista para as 17h. Iniciativa do coletivo da rede de atenção psicossocial da Zona Oeste, a agremiação saiu pela primeira em 2017, reunindo ainda estudantes, artistas e moradores do Jardim Sulacap a Sepetiba.

Neste ano, o bloco irá homenagear o craque Marinho, ex-jogador do Bangu e usuário da rede, falecido em 2020. O samba vencedor é de autoria de usuários e profissionais do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPSad) Júlio César de Carvalho, em Santa Cruz.

Já o Tá Pirando, Pirado, Pirou! abre alas para a loucura no carnaval do Rio no dia 12 (sempre no domingo que antecede o carnaval), às 15h, na Urca, bairro que abrigou o Hospício Pedro II, o primeiro da América Latina. Neste ano, o bloco  – que nasceu a partir de articulação de trabalhadores e usuários do Instituto Philippe Pinel, em Botafogo – comemora 18 anos e, após o hiato provocado pela pandemia, renderá homenagem aos que partiram. O enredo é “Gurufim pra recomeçar”, de Munique Matos.

O bloco ficará concentrado, das 15h às 16h, com participações especiais dos cantores Makley Matos, Nina Wirtti e Julieta Brandão. O desfile começa às 16h, com o apoio da bateria da Portela. Além do samba escolhido para o carnaval 2023, serão entoados sambas imortais conhecidos do grande público.

E a animação não para. Às 18h, já em frente ao Pão de Açúcar, o Tá Pirando, Pirado, Pirou! canta seu último samba com carro de som, mas o desfile continua até as 21h, em versão acústica. É que, mantendo a tradição, outros blocos de rua foram convidados a participar do cortejo. Neste ano, os convidados são o Vem Cá Minha Flor (das 18h às 19h30) e a Sinfônica Ambulante (das 19h30 às 21h), promovendo uma grande integração social.

Fundado em 2011, o Império Colonial desfila na terça-feira (14/2), às 16h, com concentração a partir das 15h, na horta do Museu Bispo do Rosário, em Curicica. Neste carnaval, além do fim das restrições impostas pela pandemia, o grupo tem mais um motivo para comemorar: o fim das internações de longa permanência no Instituto Municipal de Assistência à Saúde (IMAS) Juliano Moreira, com o encerramento do Núcleo Franco da Rocha, no dia 27 de outubro de 2022. Com a medida, a Prefeitura do Rio concluiu o processo de desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos na cidade, um marco da luta antimanicomial.

Pioneiro entre os blocos da saúde mental no Rio, o Loucura Suburbana será o último a desfilar, na quinta-feira (16/2), no Engenho de Dentro. Criado em 2001 como parte do processo de integração dos pacientes do Instituto Municipal de Assitência à Saúde (IMAS) Nise da Silveira com a comunidade, o bloco vai sair pelas ruas do bairro da Zona Norte, também comemorando o retorno ao convívio social com o fim das restrições impostas pela pandemia. O desfile acontecerá às 17h, com concentração uma hora antes em frente ao Instituto.

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