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Com valorização da cultura sul-americana, Festival América do Sul inspira e integra população

O FAS (Festival América do Sul), realizado entre 15 e 18 de maio em Corumbá, é um dos eventos culturais mais significativos da região sul-americana. Pela primeira vez o festival foi montado no Porto Geral área histórica de Corumbá, às margens do Rio Paraguai.

O governador Eduardo Riedel, e a primeira-dama Mônica Riedel, participaram do FAS, percorreram o circuito assistiram a apresentação da banda do Exército no Forte Junqueira (com músicas regionais) e do grupo Catedral Erudita – de música clássica –, além do show principal deste sábado (17), da cantora Alcione.

“O Festival América do Sul aproxima e dá oportunidade para que a população tenha acesso a cultura brasileira e de outros países”, disse Riedel.

Em sua nova edição, após um ano de interrupção, o festival trouxe como inspiração o tema “Singularidades que integram a América do Sul”, reafirmando a missão de promover a integração entre os povos por meio da arte, da cultura, da história e da consciência ambiental. A realização do FAS conta com um investimento de R$ 6 milhões por parte do Governo do Estado, e apoio da Prefeitura de Corumbá.

Grandes atrações da música brasileira já passaram pelo palco do Porto Geral como Duduca & Dalvan, ícones da música sertaneja “raiz”, e Xamã, destaque da atual safra do rap nacional, que se apresentou na sexta-feira (16).

Ontem (17), a cantora maranhense Alcione, uma das mais exponenciais vozes do samba reuniu mais de 50 mil pessoas. E neste domingo (18), a apresentação de encerramento será do grupo Pixote e Isabel Fillardis, clássicos do pagode e MPB.

“É uma honra tocar no Festival América do Sul, em Corumbá”, disse Alcione durante o show.

Durante o FAS, as ruas, praças e centros históricos de Corumbá – especialmente o Casario do Porto, patrimônio tombado pelo IPHAN – receberam mais de 150 atrações culturais, todas com entrada gratuita.

Além da música, o festival oferece uma programação diversa, com teatro, dança, literatura, circo, cultura de rua, gastronomia, artesanato, contação de histórias e debates sobre temas relevantes como meio ambiente, turismo e educação. A expectativa é atrair mais de 50 mil visitantes, movimentando hotéis, restaurantes e o comércio local, e fortalecendo a economia da região.

Homenagens

Entre as homenagens realizadas no festival estão para Francisco Ignácio da Silva Neto, popularmente conhecido como Tim, que morreu em maio de 2017. Ele foi o primeiro compositor de Mato Grosso do Sul a ter uma música gravada em disco, o samba-canção “Silêncio Noturno”.

O outro homenageado foi o músico e compositor Mário Zan, que morreu em novembro de 2006, autor da canção “Chalana”, escrita quando o artista estava em Corumbá, hospedado no Hotel Galileo (hoje, ocupado pela Prefeitura de Corumbá).

História

O Porto Geral de Corumbá é um dos principais símbolos históricos de Mato Grosso do Sul, representando um ponto de conexão entre o Pantanal e o restante do Brasil. No século XIX, tornou-se um centro comercial de grande importância, impulsionado pelo ciclo da navegação fluvial.

Durante esse período, o Porto Geral foi crucial para o escoamento de produtos como erva-mate, couro, carne seca e minerais, que eram transportados via Rio Paraguai.

A atividade comercial impulsionou o crescimento de Corumbá, transformando a cidade em um dos maiores polos econômicos da região Centro-Oeste, especialmente antes da construção da malha ferroviária. O local, que até hoje preserva o charme histórico, se mantém como um testemunho da época de grande prosperidade da cidade.

Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Saul Schramm/Secom