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Prefeitura alerta sobre cuidados e prevenção da gravidez na adolescência

A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência inicia neste sábado (1) e se estende até o dia 8 de fevereiro. O objetivo é conscientizar e alertar a população sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência é compreendida entre 10 e 19 anos e os riscos de gestação nessa fase podem ser de prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclâmpsia, depressão pós-parto, entre outros.

A Prefeitura de João Pessoa desenvolve na rede municipal de saúde e de educação diversos trabalhos de conscientização e prevenção com um olhar sobre os riscos que vão além de uma gravidez não planejada. Há também outros fatores que podem acarretar sérios prejuízos, a exemplo da evasão escolar, rejeição familiar, não acompanhamento clínico do pré-natal, abortos, mortalidade materna, prematuridade do bebê, entre outras consequências. Ainda, a não prevenção adequada durante as relações sexuais aumentam os riscos para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

“Nas unidades de saúde da família (USFs), fazemos todo um acompanhamento integral e humanizado, seja com as adolescentes ou mulheres adultas, com uma escuta qualificada, orientação e reforçando a importância do cuidado com o pré-natal. Todo esse cuidado procuramos fazer junto com as famílias com intuito de fortalecer o vínculo e garantindo o cuidado com a mãe e com o bebê”, destacou Rosselle Leite, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), a média de idade da primeira relação sexual no Brasil é de 14,9 anos. E quanto mais cedo se inicia a vida sexual, maiores são os riscos de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis e de gravidez precoce.

“Não se pode ter tabus diante dessa temática. É um tema que buscamos discutir e fortalecer em uma rede de educação e informação, com muito diálogo, nas escolas, nas famílias, nas comunidades, nos serviços de saúde. Entres as famílias muitas vezes uma mãe adolescente vem acompanhada de um pai adolescente e a falta de maturidade pode impactar o fator afetivo e econômico para a maternidade e paternidade, o que necessita de uma sólida rede de apoio”, destacou Juliana Neiva, diretora de Atenção à Saúde da Prefeitura de João Pessoa.

Segundo dados da Vigilância Epidemiológica extraídos do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), em 2019, foram notificadas 1.508 grávidas menores de 19 anos que tiveram filhos nas maternidades públicas e privadas de João Pessoa. Já em 2020, foram 1.370; em 2021, foram 1.319; em 2022, foram 1.113; em 2023, foram 1.147; e em 2024 os registros apresentam 882 gestações.

Cuidado integral – A Prefeitura de João Pessoa realiza nos diversos serviços da rede municipal de saúde orientação e aconselhamento na assistência para adolescentes e jovens sobre a prevenção de ISTs, aconselhamento sobre práticas sexuais e identificação de práticas de risco, e distribuição de preservativos masculino e feminino.

“Dentro dessa perspectiva de assistência, na Rede Municipal de Saúde, realizamos também os testes rápidos para HIV, sífilis, hepatites virais e, compreendendo o cuidado integral e humanizado, quando necessário, os usuários são encaminhados para os serviços especializados para aconselhamentos, exames diagnósticos e tratamento”, completou Juliana Neiva.

Prevenção de doenças – A transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis ocorre, sobretudo, pelo contato sexual sem proteção. Dessa forma, o preservativo é a forma mais segura e eficaz de evitar a contaminação. Algumas ISTs, no entanto, também podem ser prevenidas por meio de vacinas disponíveis gratuitamente em João Pessoa pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É o caso do papilomavírus humano (HPV) e da hepatite B.

Seguindo o Calendário Nacional de Vacinação, contra a hepatite B, a recomendação é que os recém-nascidos recebam a primeira dose de preferência nas primeiras 12 horas de vida, ainda na maternidade ou na primeira visita ao centro de saúde em até 30 dias. Depois, o esquema vacinal terá continuidade com a aplicação da vacina pentavalente em três doses, com intervalo de 60 dias entre elas.

Para quem tem a partir de cinco anos de idade e não possui comprovação vacinal, incluindo adultos, o esquema de imunização é constituído por três doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 180 dias entre a primeira e a terceira dose.

Já para a prevenção contra o HPV, o público-alvo é composto por crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, no esquema de dose única; pessoas de 9 a 45 anos que vivem com HIV e Aids; pacientes oncológicos, pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PRR), e transplantados com três doses; e pessoas de 15 a 45 anos de idade imunocompetentes vítimas de violência sexual. Com essas recomendações, o Brasil é um dos países das Américas que mais oferta a vacina. O esquema de dose única para crianças e adolescentes imunocompetentes foi adotado recentemente pelo Ministério da Saúde.

Recentemente, a vacina contra o HPV foi ampliada para população na faixa etária de 15 a 45 anos para quem faz uso da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), com esquema de três doses, sendo incluído no grupo prioritário para prevenção. A medida visa à prevenção de ISTs e cânceres causados pelo papilomavírus.