Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
O Museu do Folclore de São José dos Campos passou a contar com um reforço de 17 voluntários este mês. Eles têm idades entre 18 e 66 anos e formações que vão do ensino médio ao universitário de diferentes áreas (alguns com especialização e mestrado).
O grupo de monitores voluntários já tem história no museu. Neste ano, ampliou-se a participação por meio de duas formações de monitoria realizadas em abril. A monitoria agrega a equipe em atividades como Museu Vivo, Mês do Folclore e eventuais ações previamente agendadas, de acordo com a disponibilidade de cada um.
Todos os voluntários assinam um termo de colaboração (que não prevê remuneração e é baseado nas leis federais 9.608/1998 e 5.891/2001) com o CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), instituição responsável pela gestão do Museu do Folclore.
Para Camila Inês, gestora do museu, “a monitoria voluntária é uma das maneiras de integrar a participação na rede de ações realizadas”.
Preservação
A estudante do curso técnico em Administração, Ana Beatriz de Oliveira Lucatto, 23 anos, realiza trabalho voluntário no Museu do Folclore desde o final de 2021, já tendo oportunidade de atuar como monitora no Mês do Folclore. Também já realizou trabalho voluntário na escola onde estudou o ensino fundamental.
“Escolhi o museu por ser um espaço que preserva e celebra nossa herança cultural, nos permitindo relembrar memórias afetivas distantes do nosso consciente e cotidiano, além de me permitir estar diretamente envolvida na preservação da história e poder compartilhar os saberes e fazeres da cultura e vivências do Vale do Paraíba”, destaca.
As voluntárias Ana Beatriz de Ana Júlia – Foto: Divulgação
Ano passado
Ana Júlia Carvalho Zucareli, 41 anos, está cursando Licenciatura em Pedagogia e é voluntária no Museu do Folclore desde setembro do ano passado, no mínimo uma vez por mês. “No começo atendia na exposição, agora fico mais no Museu Vivo, aos domingos, interagindo com as crianças e com suas famílias”, diz.
Ela conta que, apesar de já ter realizado projetos pessoais nesta área, é a primeira vez que voluntaria numa instituição. “Eu gosto de interagir com as pessoas e ouvir suas histórias. Acho importante colaborar para o acesso da população à cultura e mostrar que a nossa cultura também tem valor”, ressalta.
Primeira vez
“Tenho muito apreço pelo Museu do Folclore e estou contente em poder participar do trabalho voluntário pela primeira vez. Acho que o voluntariado é uma oportunidade muito boa de contribuirmos com a sociedade e gostaria que fosse mais procurado”, destaca Bê Muçouçah Porto, 24 anos, formada em Artes Visuais.
Bê já voluntariou em oficinas artísticas para comunidades do Vale do Paraíba, no Centro de Acolhimento de Pessoas LGBTQIAP+ Casa 1 e na Biblioteca Comunitária Caio Abreu, onde fazia atendimento, catalogação de livros e processamento de acervo.
Atividade teórica durante a formação – Foto: Divulgação
Pesquisa
Segundo dados de 2022 da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7,3 milhões de pessoas realizaram algum tipo de serviço voluntário no Brasil.
O Dia Nacional do Voluntariado é reconhecido pela Lei Federal 7.352/1985 e celebrado no Brasil em 28 de agosto. O trabalho voluntário no Brasil teve origem em 1543, na Santa Casa de Santos, atividade que foi regulamentada nos anos seguintes. Em 2021, o país tinha 57 milhões de voluntários, o que representava 56% da população.
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo gerido pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Ele está localizado no Parque da Cidade desde 1997.
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