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Universitários de SP criam projeto com jogo didático inclusivo para surdos





Alunos de Licenciatura visaram auxiliar a integração de criança com deficiência auditiva em sala de aula, por meio de materiais reutilizados



Alunos da Univesp se propuseram a criar um material didático que possibilitasse maior inclusão nas aulas

Os alunos Amanda Pereira, Ana Paula Silva, Edilene Aparecida Galvão, Jean Cesar de Lima, Lívia de Oliveira, Raisa Bordalo e Sirleine Maria Lima dos cursos de Licenciatura em Matemática e Pedagogia, dos polos de Altinópolis, Cravinhos, Pontal e Serrena, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), desenvolveram o Projeto Integrador (PI) “Surdez No Ensino Fundamental: Material Adaptado e Aprendizagem”.  

A iniciativa com orientação de Aureluce Maia dos Santos e elaborada com materiais reutilizados teve como objetivo contribuir no aprendizado, com enfoque na disciplina de Matemática, além de incentivar a oralidade e inclusão de estudantes com redução ou perda total da audição. “Nossa intenção é colaborar com o educador e oferecer ferramentas que o auxilie a repensar os caminhos utilizados para ensinar.” 

Segundo a equipe, a idealização do material partiu de pesquisas de campo e visitas a instituições de ensino, onde foi constatada a falta de intérpretes de Libras e de agentes educacionais que soubessem a língua. Com base nessa problemática, os alunos da Univesp se propuseram a criar um material didático que possibilitasse maior inclusão nas aulas.

Máquina de somar

A “Máquina de somar” é feita com materiais reutilizados – basta apenas uma caixa e alguns objetos pequenos como tampas de garrafas ou grãos de milho. Os objetos são utilizados nas somas de números selecionados aleatoriamente. A brincadeira permite uma interação física e visual com os números, que facilita o aprendizado pelas crianças. 

O jogo também incentiva a oralidade na contagem dos números e respostas dos resultados obtidos nas somas, com a finalidade de desenvolver a fala de alunos surdos. O material oferece diversas possibilidades de aplicação em sala, pode ser trabalhada em duplas ou individualmente, em uma competição ou em atividades lúdicas e colaborativas, à disposição do educador.

O material foi aplicado em uma turma da cidade de Altinópolis com uma aluna surda. A recepção da atividade pelas crianças foi positiva, principalmente pela menina que possui deficiência auditiva. Para a professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), o projeto teve uma importância significativa para que ela compreendesse a ação de somar. A iniciativa ainda possibilitou sua integração junto aos colegas, todos puderam se divertir e aprender com o jogo.

Confira o vídeo do PI: https://www.youtube.com/watch?v=DManYD5q3JM

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