Prefeitura de Sorocaba reúne alunos de xadrez do projeto “Eu Pratico Esporte Educacional Escolar” para integração no Paço Municipal
Fotos: Michelle Alves
A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Educação (Sedu) e com apoio de várias outras Secretarias, como as de Governo (Segov), Administração (Sead) e Comunicação (Secom), reuniu, na manhã desta quarta-feira (24), cerca de 200 alunos, de seis escolas da rede municipal e que integram o projeto “Eu Pratico Esporte Educacional Escolar”, com a modalidade xadrez. O encontro aconteceu no andar térreo do Paço Municipal e teve objetivo de promover a integração entre os estudantes, possibilitando a socialização e realização de jogos interescolares.
A ação, aberta ao público, contou com a participação de alunos das escolas: E.M. “Luiz Almeida Marins” (Júlio de Mesquita Filho), E.M. “Prof. Flávio de Souza Nogueira” (Vila Fiori), E.M. “José Carlos Florenzano” (Jd. Santa Esmeralda), E.M. “Prof.ª Ana Cecília Falcato Prado Fontes” (Jd. Renascer), E.M. “Ary de Oliveira Seabra” (Cajuru do Sul) e E.M. “Prof. José Osório de Campos Maia e Almeida” (Jd. Bertanha). Alunos do Ensino Fundamental, anos iniciais e anos finais dessas escolas, estiveram presentes, acompanhados dos professores de Educação Física que ministram as aulas de xadrez nas escolas, de estagiários, bem como da diretora da E.M. “Prof. Flávio de Souza Nogueira”, Thais Reiss, da vice-diretora da E.M. “Ary de Oliveira Seabra”, Andréa Leite, da equipe gestora da Sedu dedicada ao projeto “Eu Pratico Esporte Educacional Escolar” e de várias autoridades do Poder Público municipal.
Os estudantes tiveram a possibilidade de realizar disputas simples ou em duplas ou até mesmo em grupos com mais de três alunos, nos tabuleiros comuns e tabuleiros gigantes de xadrez, e também aprovaram a iniciativa que propiciou a integração que lhes deu a chance de competir com colegas das outras escolas. Alguns munícipes e funcionários públicos também apreciaram a atividade, sendo que puderam também aproveitar para participar de algumas partidas.
“A experiência tem sido muito positiva para os estudantes desde que eles saíram da nossa escola, no Cajuru. Estão conhecendo outras crianças e podendo interagir com elas no xadrez. Sobre o impacto positivo do projeto, mesmo com pouco tempo de atividade, já notamos a diferença de comportamento, com mais disciplina, melhor rendimento escolar em sala de aula, melhor comportamento e até a participação mais efetiva dos pais e responsáveis”, afirma a vice-diretora Andréa.
“Achei muito legal participar. Além de poder jogar, foi a primeira vez que eu visitei a Prefeitura”, contou o aluno Felipe, de 10 anos, da E.M. “Prof.ª Ana Cecília Falcato Prado Fontes”. Seus colegas Christopher, também de 10 anos, e Lucas, de 9, também aprovaram a ideia. “Antes eu só havia jogado com minha avó, mas agora estou conseguindo aprender muito mais, com as aulas”, falou Christopher. Para Lucas, também conta a expectativa de conhecer gente nova. “Além de aprender coisas novas, eu estou fazendo mais amizades na escola”, descreve Lucas.
Rafael, de 10 anos, aprendeu mais jogadas e comemorava a oportunidade do passeio “Comecei a participar do projeto este ano, mas percebo que o xadrez vem me ajudando a aprender as outras matérias da escola. E aqui estou ansioso para conhecer melhor a Prefeitura, talvez até encontrar o prefeito”, comentou o estudante.
Ryan, também de 10 anos, estava feliz por já ter jogado, em pouco tempo, três partidas, e vencido de alguns oponentes mais velhos. Um deles era o servidor público e técnico de Tecnologia da Informação (TI), João Pedro. “A experiência que essas crianças estão tento, com certeza será muito importante para elas. Eu não tive essa oportunidade, na idade delas. Jogava apenas com alguns amigos, na época da escola, mas não dessa forma. Eles estão se desenvolvendo muito rápido. Fui jogar e um deles ganhou de mim em dois minutos (risos). Fico feliz de poder participar”, comenta João.
A experiência é enriquecedora para todos que participam, inclusive para os professores. “Para mim, tem sido muito revelador. A lembrança que eu tinha do xadrez era de um jogo monótono, difícil e demorado, embora tenha me trazido a memória afetiva dos jogos com meu avô. Mas, ao jogar com as crianças, no projeto, a experiência tem sido transformadora e muito prazerosa. É preciso pensar em estratégias, a atividade desperta nossa adrenalina e, no fim, acaba sendo muito divertida e estimulante, para mim e para os alunos. Mexe muito com nossas emoções, de um modo positivo”, relata a professora de Educação Física da E.M. “Ary de Oliveira Seabra”, Juliana Pereira Vilas Boas.
A sua aluna Viviane, de 10 anos, está no projeto pelo segundo ano consecutivo, e não apenas adora participar, como também incentiva outras colegas a fazerem o mesmo. “A gente aprende muita coisa. Tem até prova sobre xadrez. Eu acho que estou indo bem, mas ainda tenho muito mais a aprender. E acabei trazendo minha amiga Luana para as aulas”, ela afirma. “Estou gostando muito. Expliquei para minha mãe como é o projeto, com as aulas em dias certos no contraturno, e ela concordou em me deixar fazer parte”, explica Luana.
O sucesso do projeto está em todas as fases do Ensino Fundamental. Brant, de 14 anos, aluno da E.M. “Prof. Flávio de Souza Nogueira”, está no 9º ano e adorando a experiência. “Gosto muito do jeito como se joga, porque é preciso pensar muito e criar estratégias”, ele avalia. Sua colega Nicole, parceira de jogo no tabuleiro, também acabou trazendo outros adeptos para a modalidade esportiva. “É muito legal e já indiquei o xadrez para outras pessoas que começaram a praticar”, afirma.
Entusiasmo contagiante
Mesmo para quem não integra o projeto “Eu Pratico Esporte Educacional Escolar”, ver a alegria dos alunos ao participar, costuma estimular a vontade de, pelo menos, aprender as regras e jogadas básicas do xadrez para começar a praticar.
É o caso da estagiária Beatriz Prado, que acompanhou a visita dos estudantes à Prefeitura nessa ação especial do projeto. “Achei muito interessante e fiquei atenta às jogadas das crianças. Eu não sei jogar, mas fiquei com muita vontade de aprender. Acho até que vou pedir para os alunos me ensinarem (risos)”.
Para o gestor de Desenvolvimento Educacional da Sedu, Rafael Amadio, a avaliação que se pode fazer da experiência é altamente positiva. “O objetivo de trazer os alunos aqui foi proporcionar um momento de interação entre eles, podendo ter contato também com os estudantes de outras escolas, fazer novas amizades e ampliar seu conhecimento sobre o jogo. E vimos que muitos adultos, que nem conheciam o projeto, também se interessaram e vieram jogar com as crianças. É um momento de parceria e troca de experiências muito rico para todos”, conclui Rafael.