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Reunião discute cenário epidemiológico estratégias de combate à Dengue na Capital – CGNotícias

Supervisores, coordenadores e técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira (07) para analisar a situação epidemiológica das arboviroses no município, além das estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Conforme a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, o objetivo é fazer o alinhamento de uma série de diretrizes que vão desde o estabelecimento de ações estratégicas ao fluxo de atendimento nas unidades de saúde, bem como orientações em relação ao diagnóstico e tratamento das doenças.

“O objetivo é estabelecer estratégias abrangentes, desde a identificação precoce de casos até a mobilização social e a gestão eficaz de recursos. A educação da população sobre medidas preventivas, eliminação de criadouros de mosquitos e a vigilância constante também são fundamentais. Ao implementarmos medidas proativas, podemos evitar a propagação dessas doenças e proteger a saúde de todos. A colaboração entre comunidades, autoridades de saúde e demais partes interessadas é essencial para o sucesso desse plano”, enfatiza.

A secretária lembra que estas estratégias já estão previstas no Plano de Contingência das arboviroses, implementado no fim do ano passado, mas que é necessário adequar as ações conforme o comportamento da doença.

Algumas novas medidas foram deliberadas durante a reunião, como a intensificação das ações de manejo e visitação domiciliar nos locais com alta incidência da doença, bem como a utilização do serviço de borrifação ultra baixo volume (UBV) – conhecido como Fumacê. Até então, a aplicação do inseticida estava sendo feita somente com uso de bombas costais em ações pontuais.

“É necessário agirmos de maneira preventiva para evitar que haja um aumento de casos e, consequentemente, uma sobrecarga em nossos serviços de saúde”, pondera.

O coordenador da CCEV, Vagner Ricardo Santos, explica que para uma maior eficácia do inseticida, é necessário que o morador abra portas e janelas, assim o veneno consegue atingir os locais onde há maior probabilidade de estarem os mosquitos.

” O inseticida atinge os mosquitos adultos, preferencialmente as fêmeas, que são as transmissoras das doenças. Ainda assim é possível que outras espécies sejam atingidas e, por isso, é necessária uma aplicação criteriosa do veneno”, comenta.

Ele lembra que o método é complementar, e por isso a importância da população manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. “É importante que a população colabore não deixando água parada, evitando assim que os mosquitos se proliferem. Os nossos levantamentos apontam que 80% dos focos estão dentro das casas e em materiais inservíveis passíveis de serem descartados no lixo comum, como vasilhas, baldes e pequenos reservatórios, por exemplo”, diz.

Os serviços começam às 16h e têm previsão de término às 22h hoje, podendo ser adiados ou até mesmo cancelados em caso de chuvas, ventos ou neblina, uma vez que tais atividades meteorológicas prejudicam a aplicação do veneno. Nesta quarta-feira, dia 07, os trabalhos ficam concentrados no Coronel Antonino e na Vila Nasser.

Ações permanentes.

Desde novembro do ano passado, as equipes da secretaria vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue prevista no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.

Paralelamente ao chamado trabalho de manejo, que consiste na vistoria de imóveis, recolhimento de materiais inservíveis e eliminação de focos, a Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.

Casos

Do dia 01 de janeiro a 06 de fevereiro deste ano, foram notificados 816 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas 01 chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

A Capital fechou o segundo semestre apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.

O mais recente Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, outros 42 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/sec-downloads/liraa-janeiro-2024/

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