Prefeitura amplia pontos de apoio para a população atingida pelas chuvas e retorna ao Estágio Operacional 3 na noite deste domingo – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
O município do Rio retornou ao Estágio 3 às 19h deste domingo (14/01). A mudança ocorre pela redução dos acumulados e ausência de previsão de chuva para as próximas horas. Além disso, houve a melhoria da mobilidade nas vias principais da cidade. O Rio estava no Estágio 4 desde às 2h45 da última madrugada. Quem puder, ainda deve evitar circular pelas regiões afetadas pela chuva. Segundo o Sistema Alerta Rio, pode ocorrer chuva fraca no turno da noite. À tarde, a Prefeitura do Rio também aumentou de oito para 15 o número de pontos de apoio para os moradores atingidos pelas chuvas na Zona Norte do Rio e trabalhou com mais de 1500 agentes.
No Gabinete de Crise Avançado montado pela Prefeitura do Rio, na Pavuna, foram reunidos os principais órgãos operacionais da prefeitura como Defesa Civil, Ordem Pública, Conservação, Habitação, Assistência Social, Comlurb, Transporte, Saúde e CET-RIO, entre outros. O gabinete vai funcionar por 24 horas, até que a situação seja normalizada na região norte, a mais afetada pelas chuvas da noite de sábado e madrugada de domingo. Ao todo, a quantidade de pontos de apoio para os cidadãos que precisam de assistência subiu para 15. Nestes locais, a Secretaria Municipal de Assistência Social realizou 555 atendimentos, todos os casos envolviam pessoas desalojadas.
Saúde
O subsolo do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, onde funcionam a garagem e alguns setores operacionais e de manutenção, foi inundado. A energia do prédio foi desligada por segurança e todos os aparelhos de suporte à vida passaram a operar por suas baterias próprias, com grande autonomia e sem interrupção. Os pacientes foram acompanhados de perto pelos profissionais de saúde. Ainda durante a madrugada, a Secretaria Municipal de Conservação e a Rioluz enviaram equipes e máquinas para drenar a água do subsolo, fazer a limpeza da área externa e para religar a energia da unidade por uma rede alternativa, desviando os cabos da área alagada. Já no meio da manhã, a eletricidade havia sido restabelecida na maior parte do hospital e nas primeiras horas da tarde em todo o prédio.
Todas as consultas eletivas agendadas no hospital foram adiadas por 15 dias, para o mesmo dia da semana e horário da marcação anterior. Pacientes que considerem que não podem esperar esse adiamento devem se dirigir na data e horário da consulta agendada ao Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica, onde os profissionais do Hospital Ronaldo Gazolla estarão atendendo. Para consultas clínicas, a entrada será pelo Centro Carioca de Especialidades. Para exames de imagem, pelo Centro Carioca de Diagnósticos e Tratamento por Imagem.
Na Clínica da Família Marcos Valadão, no mesmo terreno do Hospital Ronaldo Gazolla, também houve inundação do subsolo, onde funcionam almoxarifado, sala dos agentes comunitários, expurgo, três consultórios, administração e auditório. A limpeza do local já está sendo realizada com auxílio de equipes da Comlurb. Outras sete unidades de Atenção Primária na Zona Norte foram completamente alagadas devido às chuvas. Os trabalhos de limpeza e reconstrução iniciaram imediatamente e na segunda-feira todas deverão funcionar, mas somente para casos emergenciais. As consultas eletivas nas unidades atingidas estão suspensas pelos próximos 15 dias.
Avenida Brasil e Sirenes
A Avenida Brasil chegou a ser totalmente bloqueada em função de um alagamento na altura de Irajá. A via foi totalmente liberada por volta das 11h45 de domingo, após serviços realizados pelos órgãos operacionais da Prefeitura do Rio. Já o Sistema de Alerta e Alarme, foi acionado no início da madrugada (00h30) e só foi desmobilizado às 10h45. Vinte e nove sirenes soaram em 16 comunidades da cidade.
Equipamentos nas ruas
A Prefeitura do Rio disponibilizou um grande efetivo na tentativa de reduzir os impactos aos cariocas e de solucionar os problemas causados pela chuva. A Comlurb empregou 1.400 garis em todo o município. Duzentos deles atuaram apenas nos bairros da Zona Norte mais afetados. A Companhia de Limpeza Urbana fez uso de 144 veículos (pás mecânicas – 24, mini pás – 17, caminhões basculantes – 34, caminhões compactadores – 60, além de caminhões-pipa – 9). A prefeitura mobilizou ainda 48 caminhões, 12 caminhões Vac All (para sucção da água), 12 retroescavadeiras e mais 120 funcionários de diversos órgãos.
Ordem Pública
Equipes da Secretaria de Ordem Pública (SEOP) e da Guarda Municipal (GM-RIO) atuaram na madrugada e ao longo de todo o domingo, no ordenamento das vias da cidade. Ao todo, 590 agentes foram mobilizados para agir em diversas regiões da cidade, com atenção especial aos locais com bolsões de água e quedas de árvores, no desvio do trânsito e interdições da Avenida Brasil, no apoio à população e à remoção de veículos enguiçados no meio das ruas. Foram empregados 113 viaturas, 47 motocicletas, oito reboques e dois. Com o auxílio da CET-Rio, as equipes retiraram 51 veículos na Avenida Brasil (altura de Irajá), com a presença dos proprietários, que estavam parados na rua.
Previsão meteorológica
Segundo o Sistema Alerta Rio, a previsão é de melhora no tempo nesta segunda-feira (15/01). Para a noite de hoje, ainda há previsão de chuva fraca de forma isolada sobre a cidade do Rio de Janeiro. Entre a segunda-feira (15/01) e a quarta-feira (17/01), haverá redução de nebulosidade sobre a cidade e não há previsão de chuva. As temperaturas apresentarão elevação. Nas últimas horas, em Anchieta, choveu 259,2 milímetros no período de 24 horas. Em apenas uma hora, a estação meteorológica do bairro contabilizou 72,6mm (às 22h30 de sábado). Os dois registros foram recordes da série histórica do Sistema Alerta Rio naquele equipamento. Em Irajá, o pluviômetro apontou 209,2 mm/24h (também recorde histórico para o bairro); já em Madureira, a chuva atingiu 186,4mm/24h. Os rios Pavuna, Acari, Quitungo e Cachorros extravasaram.
Segundo informações do Sistema Alerta Rio, choveu em Anchieta, em apenas 24 horas, aproximadamente 40% a mais do que a média histórica de janeiro naquela região. Ou seja, em apenas um dia choveu muito mais do que era esperado para o mês inteiro: 138,4% da média de janeiro. O mesmo cenário verificou-se em Irajá: 123,6% da média de janeiro. Em Madureira, foram quase 10% a mais que a média mensal: 109,7% da média de janeiro.
Veja a seguir todos os pontos de apoio:
– Escola Municipal Charles Anderson Weaver;
(Rua Carlos Pachêco Ávila, S/N – Coelho Neto)
– Escola Municipal Barbosa Lima Sobrinho;
(Rua do Dique, 166 – Jardim América )
– Escola Municipal Telêmaco Gonçalves;
(Praça Ênio, S/N – Pavuna)
– Escola Municipal Herbet Moses;
(Rua Cristiano Machado, S/N – Jardim América)
– Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo;
(Rua Gen. Etchegoyen, 199 – Parque Columbia)
– Igreja Assembleia de Deus;
(Travessa Embaú, 496 – Pavuna)
– Escola Municipal Escritor e Jornalista Daniel Piza;
(Avenida Pref. Sá Lessa, 229 – Acari)
– Escola Municipal Bélgica;
(Rua Francolim, 50 – Guadalupe)
– Clínica da Família Epitácio Soares;
(Av. Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, S/N – Pavuna)
– Igreja Pentecostal Assembléia de Deus;
(Rua Aracuã, 01 – Vaz Lobo)
– Igreja HG Church;
(Rua Luís Mario, 22 – Barros Filho)
– Escola Municipal Fábio César Pacífico;
(Estrada do Mendanha x Rua do Pavão, S/N)
– Escola Municipal República do Líbano;
(Praça Elba, 1215 – Vigário Geral)
– Lona Cultural de Anchieta;
(Estr. Mal. Alencastro, S/N – Anchieta)
– Associação de Moradores de Acari;
(Rua Piracambu, 605 – Acari).