Show de Caetano Veloso inaugura Areninha Cultural Terra, em Guadalupe: ‘Nasci aqui’ – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
No dia de Nossa Senhora de Guadalupe, Caetano Veloso soltou a voz no evento que marcou a inauguração da Areninha Cultural Terra, em Guadalupe, bairro da Zona Norte da cidade. Com direito a banda e aplausos de mais de 700 pessoas, o show gratuito desta terça-feira (12/12) começou embalado por “Avarandado” (1967), depois das boas-vindas do secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero.
– As areninhas não são espaços apenas para usufruir, mas para produzir cultura A areninha serve para assistir a espetáculos, mas também para servir de celeiro de cultura – destacou Calero, acompanhando no palco pela sua subsecretária executiva, Mariana Ribas; pela gerente de Lonas, Arenas e Areninhas, Elaine Rosa; e pelo subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz.
Ao longo da noite, Caetano – que morou em Guadalupe por um ano, quando ainda era adolescente – revisitou as canções da sua mais nova turnê, “Meu Coco”, além de grandes sucessos, ao som do baticum dos percussionistas Kainã do Jêje e Thiago da Serrinha, orquestrado sob a direção musical de Lucas Nunes (guitarra e violão) e Pretinho da Serrinha.
“Meu Coco” é baseada no álbum homônimo de outubro de 2021, primeiro disco de músicas inéditas do cantor desde “Abraçaço” (2012). Tal como o álbum, o show segue por 26 composições, passando por “Anjos tronchos” (2021), “Baby” (1968), “Sampa” (1978) e “Cajuína” (1979).
Caetano coroou os moradores de Guadalupe com “Lua de São Jorge” (1979), a dançante “Odara” (1977) e a derradeira “A Luz de Tieta”.
A relação do cantor e compositor com Guadalupe foi revelada na música “Pé do Meu Samba”, feita para Mart’nália. E também na canção “Meu Rio”, na qual ele cita o bairro e diz: “Guadalupe em mim é Fundação” e “Perto da favela do Muquiço”.
– Estou neste palco para dizer que nasci aqui. Eu passei dos 13 aos 14 anos em Guadalupe, mas que não tinha esse nome. Pessoas da minha família estão aqui na plateia hoje – contou Caetano.
Lonas transformadas em areninhas
A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) está transformando todas as suas lonas em areninhas como parte do programa Cultura do Amanhã. Outras três já foram entregues este ano: Herbert Vianna, na Maré; Sandra Sá, em Santa Cruz, e João Bosco, em Vista Alegre. Em 2024, será a vez das Lonas Carlos Zéfiro, em Anchieta, e Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá.
Na prática, a transformação significa a substituição das antigas lonas por uma estrutura fixa com isolamento acústico, climatização, além de outras melhorias, para garantir mais qualidade e conforto tanto para o público quanto para os artistas. A estrutura de areninha inclui todos os requisitos de acessibilidade e prevenção de incêndio.
Os recursos para obras no plano de investimentos de 2023 – Viva a Cultura Carioca – estão concentrados no programa Cultura do Amanhã, que destina R$ 75 milhões para a modernização de mais de 20 equipamentos mantidos pela pasta.
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