O NEAP Chiquinha Gonzaga fica localizado no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, no Centro – Beth Santos/Prefeitura do Rio
Em pouco mais de dois anos na atual gestão do prefeito Eduardo Paes, a Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher tem trabalhado para atender e ajudar as mulheres vítimas de violência na cidade do Rio de Janeiro. De 2021 para cá, a pasta criou dois cartões, o Move-Mulher e o Mulher Carioca, e aumentou a quantidade de locais de atendimento. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na quarta-feira (8/3), o site da Prefeitura do Rio apresenta, ao longo desta semana, alguns dos serviços municipais voltados para o público feminino.
No comando da secretaria desde o início da atual gestão da Prefeitura, Joyce Trindade ressalta que, em apenas dois anos, a quantidade de locais de atendimento cresceu em cinco vezes, o que aumentou a capacidade de assistência para as mulheres na cidade.
– Recriamos a secretaria praticamente do zero, eram quatro equipamentos e praticamente sem equipe. Criamos dois programas de auxílio emergencial (os cartões) para mulheres em situação de violência. Estamos no caminho certo para tornar a cidade do Rio uma referência em equidade de gênero – afirmou Joyce Trindade.
Em 2021, o primeiro serviço criado foi o cartão Move-Mulher, que consiste em prover o pagamento de passagem para que a mulher consiga se locomover pela cidade e acessar todos os órgãos da rede de enfrentamento à violência. Mais de 2.500 cartões já foram entregues.
Segundo a secretária, o cartão possibilita que milhares de mulheres iniciem o processo de quebra do ciclo da violência.
– A dependência financeira é uma das formas de manutenção da violência doméstica. Entregar um auxílio para que essa mulher possa acessar os serviços da rede de enfrentamento é essencial para o trabalho de salvar sua vida.
O outro cartão criado foi o Mulher Carioca, um cartão de crédito comum para compra em qualquer estabelecimento. O benefício pago é de R$ 500 por mês. Já foram distribuídos quase 400 cartões até o momento, e o programa foi sancionado como lei.
Depois de criado, a secretaria estendeu o auxílio do cartão Mulher Carioca para os órfãos do feminicídio. Ele é disponibilizado de forma emergencial para famílias de mulheres que tenham sido vítimas de feminicídio na cidade do Rio. O valor mensal também é de R$ 500 para cada um dos filhos da vítima durante seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis meses. Ao auxílio é administrado por quem estiver com a guarda provisória ou a tutela das crianças. Para receber, é preciso que a família responsável por esses filhos possua renda máxima de um salário mínimo, more na cidade do Rio e seja atendida por um dos equipamentos da rede de enfrentamento à violência contra a mulher.
– O cartão Mulher Carioca é um programa de auxílio imediato para mulheres em situação de violência. O programa foi tão importante que se tornou lei. Isso é política pública permanente. Trata-se de mudar a vida das mulheres do Rio em sua base. E estender para os órfãos do feminicídio se tornou um caminho importante, entendendo que, muitas vezes, essa mulher sustentava sua família – disse Joyce.
A Casa da Mulher Carioca Elza Soares foi inaugurada em outubro do ano passado – Beth Santos/Prefeitura do Rio
Outra ação importante foi o aumento dos locais de atendimento. Diversos espaços foram inaugurados em pouco mais de dois anos. Atualmente, a secretaria conta com dois Centros Especializados de Atendimento à Mulher: o CEAM Chiquinha Gonzaga, no Centro, e o CEAM Tia Gaúcha, em Santa Cruz. Nestes endereços também funcionam os Núcleos Especializados de Atendimento Psicoterapêutico: NEAP Chiquinha Gonzaga e NEAP Tia Gaúcha.
Existem, também, três Casas da Mulher Carioca: Tia Doca, em Madureira, Dinah Coutinho, em Realengo, e Elza Soares, em Padre Miguel. Nas duas primeiras também funcionam os Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher (NEAM). Há, ainda, o abrigo sigiloso Casa Viva Cora Coralina, que atende mulheres em situação de violência com risco iminente de morte.
– A mulher precisa ser acolhida e, de preferência, perto de sua residência. Como temos altos índices de violência contra a mulher concentrados na Zona Oeste, poder abrir mais espaços na região facilita demais a vida dessa mulher que não consegue se locomover diariamente para o Centro, por exemplo. Além disso, ter equipamentos especializados ajuda na rapidez do atendimento qualificado dessa mulher – explicou a secretária.
Locais de atendimento para as mulheres em situação de violência na cidade do Rio de Janeiro:
CEAM Chiquinha Gonzaga Rua Benedito Hipólito, 125 – Centro (21) 2517-2726 / 98555-2151
NEAP Chiquinha Gonzaga Rua Benedito Hipólito nº 125, Centro Funcionamento: de segunda à sexta de 9h às 16h
CEAM Tia Gaúcha Policlínica Lincoln de Freitas Filho – Rua Álvaro Alberto, 601 – Santa Cruz
NEAP Tia Gaúcha Policlínica Lincoln de Freitas Filho – Rua Álvaro Alberto, 601 – Santa Cruz
Casa da Mulher Carioca Tia Doca/NEAM Rua Júlio Fragoso, 47 – Madureira (21) 2452-2217 / 3796-0228
Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho/NEAM Rua Limites, 1349 – Realengo (21) 3464-1870
Casa da Mulher Carioca Elza Soares Rua Marechal Falcão da Frota, n. 1782 , Padre Miguel
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